sexta-feira, 30 de março de 2012

TESSITURA

Extensão e tessitura da voz – Yan Guimarães
Tessitura
Na música, tessitura refere-se ao conjunto de notas usadas por um determinado instrumento musical, com a qualidade necessária à sua execução. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem, portanto, uma abrangência menor que a extensão. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.
Em termos de grafia, a tessitura representa-se pelas notas mais grave e mais aguda ligadas por um hifen, com a indicação numérica da oitava a que pertencem. Exemplo: Dó2 – Dó4.
Por vezes, numa partitura para coro ou voz solista, indica-se a nota mais grave e a nota mais aguda das partes vocais, a que se dá o nome de âmbito.
Extensão vocal
Extensão vocal refere-se ao conjunto de todas as notas que um cantor consegue articular, independente da qualidade dessa articulação. A extensão tem, portanto, uma abrangência maior que a tessitura. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais apropriadamente realizadas no que tange a qualidade da emissão. [1] Sendo assim, um cantor poderá articular notas fora de sua tessitura mas jamais realizará notas fora de sua extensão vocal. [2]
Voz falada
A frequência natural da voz humana é determinada pelo comprimento das cordas vocais. Assim mulheres que têm as pregas vocais mais curtas possuem voz mais aguda que os homens com pregas vocais mais longas. É por esse mesmo motivo que as vozes das crianças são mais agudas do que as dos adultos. A mudança de voz costuma ocorrer na puberdade que é provocada pela modificação das pregas vocais que de mais finas mudam para uma espessura mais grossa. Este fato é especialmente relevante nos indivíduos do sexo masculino. O comprimento e a espessura das cordas vocais determinam, tanto para o sexo masculino, como para o feminino, a extensão vocal e o registro de alcance das notas produzidas vocalmente.
A laringe e as pregas vocais não são os únicos órgãos responsáveis pela fonação. Os lábios, a língua, os dentes, o véu palatino e a boca concorrem também para a formação dos sons.
Extensão das principais vozes
Soprano ligeiro – Sol 3 até o Mi 5
reg1
Voz agudíssima; timbre fraco, de grande agilidade. Ex: Rosina no Barbeiro de Sevilha
Soprano dramático – Dó 3 até o Lá 4
reg2
Voz forte; timbre doce. Ex: Butterfly na Madame Butterfly
Mezzo-soprano – Lá 2 até o Sol 4
reg3
Voz intermediária entre agudo e grave. Ex: Carmen na ópera de mesmo nome.
Contralto – Fá 2 até o Mi 4
reg4
Voz feminina mais grave, timbre escuro. Ex: Azucena em Il Trovatore
Tenor ligeiro – Mi 3 até o Dó# 5
reg5
Voz pouco forte; alcança notas agudas. Ex: Almaviva, no Barbeiro de Sevilha
Tenor lírico – Ré 3 até o Si 4
reg6
Voz mais forte; timbre suave. Ex: Rodolfo em La Bohème
Tenor dramático – Dó 3 até o Lá 4
reg7
Voz forte; timbre metálico. Ex: Turiddu, na Cavalleria Rusticana
Barítono lírico – Sol 1 até o Fá 3
reg8
Voz intermediária entre agudo e grave. Ex: Escamilo na Carmen
Barítono dramático – Fá 1 até o Mi 3
reg9
Voz mais forte e timbre metálico. Ex: Rigoletto na ópera do mesmo nome
Baixo cantante – Mi 1 até o Ré 3
reg10
Voz grave, timbre suave. Ex: Salvator Rosa na ópera do mesmo nome
Baixo profundo – Dó 1 até o Lá 2
reg11
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Yan Guimarães
Pós-Graduação em música para cinema, televisão e teatro e formado em regência, composição e licenciatura plena em educação artística - habilitação em música pelo Conservatório Brasileiro - Centro Universitário. Trabalha com o Coral da AABB-Rio, Grupo Vocal Tangará, professor do Centro Universitário do Conservatório Brasileiro de Música e Preparador Vocal do Coral da Embratel

quinta-feira, 29 de março de 2012

COMO PRATICAR SEU INSTRUMENTO MUSICAL


Se você já toca algum instrumento musical bem o suficiente para arrancar aplausos de amigos e familiares, sabe que o caminho para chegar até aí não foi rápido – tampouco fácil, por assim dizer. Porém, para quem está iniciando sua jornada para tocar bem algum instrumento musical, é importante acima de tudo ter disciplina, para aprender teoria musical (nem que seja o básico) e que pratique bastante.
Uma das maiores dificuldades dos iniciantes na minha opinião é não ter um direcionamento correto sobre o que treinar ou o que fazer para aprender música. Por esse motivo, elaboramos esse pequeno guia sobre como praticar seu instrumento musical, trazendo uma luz no fim do túnel para aqueles que estão perdidos.
Este guia se aplica ao aprendizado de todos os instrumentos musicais, porém escolhemos a guitarra para citar exemplos úteis.

Como praticar seu instrumento musical

Dica 1: Pratique com frequência
Praticar com frequência (várias vezes por dia por apenas alguns minutos de cada vez) irá produzir melhores resultados do que praticar por muito tempo em poucos dias.
Dica 2: Mantenha-se focado
Não é uma questão de quanto tempo você investiu; é o quanto você investiu durante esse tempo. A prática focada irá te ajudar a realizar coisas eficientemente – por outro lado, ficar batendo os dedos enquanto sua mente se perde em outros pensamentos realmente não é praticar!
Dica 3: Programe-se
Se você praticar o mais cedo possível – até mesmo logo após levantar-se de manhã – é provável que não perca seus treinos. E se você achar que pode, adicione uns treinos extras mais tarde no mesmo dia.
Dica 4: Não esqueça do fundamental
A capacidade de tocar um instrumento se constrói aos poucos, em cada nova habilidade que você aprende e domina. Certifique-se de aprender o fundamental corretamente, antes de procurar coisas mais avançadas para aprender.
Dica 5: Revise
A revisão deve ser parte da sua rotina de treino. Quando você aprendeu a ler, provavelmente havia um livro favorito que você leu dezenas de vezes – aprender a ler música leva o mesmo tempo e dedicação.
Dica 6: Treine no momento certo
Tente praticar por alguns minutos logo após uma nova lição – isso vai ajudá-lo a lembrar de pequenos detalhes.
Dica 7: Repetição é a chave
A memória muscular é desenvolvida através da repetição. Um amador treina até conseguir fazer certo; um profissional treina até nunca mais errar!
Dica 8: Solte essa voz
Tente cantar o que você está tocando. Isso irá ajudá-lo a desenvolver seu ouvido e melhorar os resultados que obtém com a prática.
Dica 9: Faça anotações
A primeira vez que tocar uma música, mantenha um lápis à mão. Marque os pontos que você tem dificuldades – esses são os que você deve investir mais tempo praticando.
Dica 10: Simplifique
Quebre trechos complexos em pequenas partes. Pratique cada um deles até conseguir tocar tudo junto.
Dica 11: Saiba a diferença
Há uma diferença entre praticar e ensaiar, e entre praticar e tocar. Saiba qual o seu propósito antes de tudo.
Dica 12: Seja produtivo
Existe um melhor momento do dia para praticar, porém, isso depende de você. Preste atenção nos resultados que você obtém em diferentes momentos do dia, e tente praticar durante as horas em que você geralmente é mais produtivo.
Dica 13: Nada de afobação
Pratique devagar o suficiente para que você não cometa nenhum erro. A prática não faz ficar perfeito – a prática torna permanente – então não perca seu tempo praticando erros!
FONTE: PORTAL MÚSICA

quarta-feira, 28 de março de 2012

A HORA DA MEIA-NOITE

"Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que nãos nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço" (Mateus 25.1-13).
Três Épocas da História da Igreja
Primeira época: a era dos apóstolos e os tempos pós-apostólicos (de Pentecostes até o início do século 3 d. C.)
Esse foi o tempo do primeiro amor, caracterizado por uma espera diária e viva pela volta de Jesus Cristo, que o Senhor descreve da seguinte maneira: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo" (Mt 25.1).
Na época dos apóstolos e nos primórdios da Igreja, a Palavra ainda era tão viva e eficaz entre os crentes, que eles esperavam constante e intensamente pelo Senhor e por Sua volta. Era costume na época, por exemplo, cumprimentar-se com a saudação "Maranata", que significa "Vem, nosso Senhor!"
Havia nesse tempo um movimento evangelístico, orientado pelo Senhor, indo em Sua direção como que com tochas acesas e brilhantes. Em quase todas as suas cartas, os apóstolos escreviam sobre a esperança viva da volta de Jesus, apresentando-a às igrejas como sendo possível a qualquer momento. Paulo, por exemplo, alegrou-se com a igreja de Tessalônica e confirmou para os cristãos dali: "pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura" (1 Ts 1.9-10). E a Timóteo ele fez saber: "já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda" (2 Tm 4.8).
Os quase 270 capítulos do Novo Testamento mencionam aproximadamente 300 vezes a volta do Senhor Jesus. Um comentário bíblico diz o seguinte:
Só alcançaremos o nível espiritual e a vida santificada que o Novo Testamento ensina, quando a espera pelo Senhor receber tanto espaço em nossos corações como o tinha nas igrejas dos tempos apostólicos. O Dr. Kaftan disse: "O maravilhoso poder da Igreja primitiva residia única e exclusivamente em sua esperança viva pela volta visível e pessoal de Cristo".
Uma afirmação de Pedro, que se ajusta muito bem à parábola das dez virgens, mostra quanto o tempo dos apóstolos ainda era impregnado pela expectativa da volta de Jesus: "Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19). De que modo as dez virgens foram ao encontro do Senhor? Com suas candeias acesas. Isso simboliza a palavra profética, que deve ser colocada no velador. A exortação do Senhor Jesus é: "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (Lc 12.35-37). De fato, a era da igreja primitiva era fortemente caracterizada pela espera pelo Senhor, como Jesus disse na parábola: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram e encontrar-se com o noivo".
Segunda época: Perda do primeiro amor e sono espiritual
Rapidamente o primeiro amor ao Senhor Jesus e à Sua Palavra foi se extinguindo. Assim, houve um bloqueio na espera por Sua volta, que adormeceu. Esse período é descrito em Mateus 25.5: "E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram".
Já nas cartas às igrejas transcritas no Apocalipse, o Senhor teve de dizer: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (Ap 2.4-5).
Logo após a morte dos apóstolos, a luz em relação à volta de Jesus começou a se extinguir nas igrejas. Certamente ainda havia muita atividade, mas a espera ardente, o primeiro amor de uma noiva por seu noivo, começou a diminuir. A espera adormeceu.
As virgens prudentes tinham suas lâmpadas bem acesas e brilhantes – elas serviam para iluminar a chegada do noivo. Elas fizeram aquilo que Jesus havia exigido: deixaram suas luzes brilhar e esperavam por Ele. Elas firmaram-se na palavra profética e deram-lhe atenção "como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração".
Nesse contexto, creio que o Senhor estava tentando dizer à igreja de Éfeso aproximadamente o seguinte: "Você não é mais como uma virgem ou uma noiva, que vai ao encontro de seu noivo com a lâmpada acesa. Você abandonou o primeiro amor, mesmo possuindo a palavra profética. Mas de que ela serve, se você não a utiliza para iluminar seus passos para vir ao meu encontro? Por isso, arrependa-se, pois se você não o fizer, eu virei e tomarei de você o candelabro da palavra profética." E foi justamente isso que aconteceu: a luz da palavra profética quase perdeu-se completamente nos séculos subseqüentes.
"E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram." Na história da Igreja, as coisas desenrolaram-se exatamente como está descrito aqui de maneira figurada. O Senhor Jesus tardou em vir. Ele demorou para voltar. E aí o cristianismo foi tomado de sono espiritual, que fez adormecer todas as esperanças pela volta do Senhor. Os cristãos deixaram de vigiar, exatamente o que deveriam ter feito seguindo as repetidas e claras ordens de Jesus. E por saber dessa situação, Ele exortou Sua Igreja:
• "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias" (Lc 12.35).
• "Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (v. 36).
• "Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo" (Mc 13.35-36).
Com o desaparecimento da espera pela volta de Jesus, foi minguando também o conhecimento sobre o assunto. É assustador observar que aproximadamente a partir do ano 300 d. C. não se acham mais menções da volta de Jesus na literatura cristã da época. Praticamente nenhum hino daquele tempo e nenhum comentário bíblico, do ano 300 d. C. até o século 18, fala da espera pela volta de Jesus para buscar Sua Igreja, para arrebatar Sua noiva. Mesmo nos tempos da Reforma existem poucos registros de referências ao arrebatamento da Igreja. O retorno à Palavra de Deus nesse tempo foi maravilhoso e havia a crença na volta de Jesus, mas apenas para o fim dos dias, no dia do Juízo Final. Todo o restante a respeito da volta do Senhor desapareceu do cristianismo. A espera pela volta de Jesus foi como que encoberta, soterrada.
Gerhard Herbst escreveu:
Nas igrejas e denominações, inclusive na hinologia, a diferença entre o arrebatamento e a volta de Jesus praticamente inexiste ou é desconsiderada. Quando se chega a falar sobre a volta de Jesus, pensa-se sempre na volta visível do Senhor sobre o monte das Oliveiras. Mas essa é a esperança de Israel e não da Igreja de Jesus... O arrebatamento da Igreja de Jesus é o próximo acontecimento para a Igreja, o próximo evento pelo qual ela deve esperar. E essa volta não está condicionada a sinais prévios.
Terceira época: Despertamento espiritual
Essa última fase tem mais ou menos 150 a 200 anos. Ela coincide praticamente com a volta dos primeiros imigrantes judeus para sua pátria. Por quê?
Essa terceira época situa-se no final do tempo da graça e é o chamado "tempo do fim". Na parábola das dez virgens esse período é descrito da seguinte maneira: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam suas lâmpadas" (Mt 25.6-7).
A partir do início do século 19 (e mesmo um pouco antes) o cristianismo vivenciou uma forte ação do Espírito Santo. Surgiram movimentos avivalistas, sociedades missionárias floresceram. Novos hinos foram compostos, e a volta de Jesus para o arrebatamento da Sua Igreja passou a ser novamente proclamada. Um dos pregadores dessa época foi o inglês John Nelson Darby (1800 – 1882), fundador das Igrejas dos Irmãos. A luz voltou a brilhar e resplandeceu claramente, ao ser anunciada novamente a vinda de Jesus para buscar Sua Igreja – a candeia voltou a ser colocada no velador. Mas esse movimento não se restringiu apenas à Inglaterra. Também nos Estados Unidos muitos se levantaram e começaram a publicar material falando da volta de Jesus para a Igreja e tornando esse o tema central de suas pregações.
Darby era de opinião que a Igreja tinha entrado em decadência desde o tempo dos apóstolos. Ele pretendia contribuir para um renascimento dos tempos apostólicos. Uma enciclopédia teológica diz de Darby: "Extensas viagens pela Europa ocidental, à América do Norte e à Austrália contribuíram para o ajuntamento espiritual da igreja de Filadélfia nos tempos finais, preparando-a para a volta de Jesus".
No século 19 descobriu-se novamente a diferença entre o "arrebatamento" e o "Dia do Senhor". Paralelamente surgiram muitas igrejas independentes, pois havia homens e mulheres corajosos que romperam com os sistemas eclesiásticos vigentes na época, passando a pregar a mensagem clara da iminente volta do Senhor.
Como aconteceu esse despertamento, como foi redescoberta a verdade sobre o arrebatamento? Foi como se, de repente, as pessoas acordassem de um longo e profundo sono! Certamente esse foi um chamado do Espírito Santo de Deus, que repentinamente despertou a muitos por estarmos nos aproximando da volta de Jesus! Sim, realmente nos encontramos na hora da meia-noite, quando soará o chamado do Espírito: "Eis o noivo! Saí ao seu encontro!"

Certamente não foi por acaso que, paralelamente com esse reavivamento espiritual da Igreja de Jesus, tenha se iniciado também a restauração de Israel e o repentino despertar dos judeus para retornarem à sua pátria. Esses dois movimentos são dirigidos pelo Espírito Santo. Maranata! Vem, nosso Senhor! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

sexta-feira, 23 de março de 2012

DEVO APRENDER TEORIA MUSICAL?

Posted: 22 Mar 2012 07:20 PM PDT
teoria musica 150x150 Devo aprender teoria musical?Um dos maiores equívocos sobre o aprendizado da música é que o conhecimento e a aplicação da teoria musical, de alguma forma, irá resultar na composição de músicas mecânicas e sem emoção e humanidade. Veja que em qualquer lugar na internet é possível encontrar músicos dando “conselhos” sobre como tocar exclusivamente “de ouvido”, sendo essa a única maneira de transmitir emoção verdadeira na hora de tocar. De fato, existem músicos atualmente que não sabem nada ou muito pouco de teoria musical, mas ainda assim produzem músicas incríveis. Isso certamente é uma exceção, não a regra, e acreditamos que até mesmo esses músicos se beneficiariam ao aprender teoria musical.

Introdução à teoria musical

Eu vou explicar isso usando como referência a linguagem falada, usando-a como analogia. Música em si pode ser considerada uma linguagem universal e eu tenho certeza que a maioria concorda com isso. Por esta razão, podemos comparar a abordagem de aprender música apenas de ouvido com aprender uma língua falada apenas ouvindo. Isto significa nenhuma palavra escrita, nenhuma compreensão da gramática, sem capacidade de conscientemente transmitir qualquer mensagem, sem capacidade de participar de uma conversa e assim por diante. Deste modo, a única maneira de se comunicar seria através da replicação do que ouvimos, sem entender o que é que estamos dizendo e muito menos em que contexto estamos falando. Parecido com um papagaio? Esperemos que através desta analogia você possa imaginar porque a teoria musical é importante, mas, vamos entrar um pouco mais em detalhes nessa discussão.

O que é uma teoria?

Uma teoria é uma maneira de entender ou explicar alguma coisa. Por sua própria natureza uma teoria nada tem a ver com a forma como a informação é utilizada na prática. A teoria da música fornece uma maneira universal para os músicos de entender os elementos vitais da música. Também pode incluir qualquer declaração, concepção ou crença sobre a música.Sem entrar muito em detalhes sobre qualquer aspecto específico da teoria da música (que daria um livro inteiro!), vamos tomar um acorde como exemplo. O acorde será C Maior. Se eu não tenho nenhuma compreensão do que constitui um acorde C Maior, como posso explicar, mesmo da maneira mais básica possível, sobre este acorde, para outra pessoa? Eu poderia ser capaz de mostrar um guitarrista ou um pianista onde colocar os dedos, mas eu posso explicar a ele o que realmente é um acorde C maior? Você pode? Você pode tocar um acorde C Maior em seu instrumento em mais de uma posição? E se fosse para tocar em qualquer posição no instrumento?
Agora, digamos que eu quero tocar um acorde C Maior e tem um outro músico junto que irá criar uma melodia em cima dele. Se o músico tiver conhecimento de teoria musical, ele vai saber quais notas, escalas, arpejos etc. irão se encaixar neste acorde. Nessas horas os “anti-teoria” irão dizer “viu, isso não tem nada a ver com ouvir e usar seus ouvidos, é apenas um exercício mecânico”. Bem, é e não é. Ser capaz de associar nomes a esses sons, permite que o nosso ouvido ouça essas notas “certas” e imediatamente coloque um nome nelas, permitindo ao músico compreendê-las em um nível mais profundo. Se um músico decide, por exemplo, apenas percorrer essas notas pra cima e pra baixo, sem ouvir a idéia por trás da teoria, então sim, vai soar bem mecânico. No entanto, isso não tem nada a ver com a informação, é apenas a informação crua.
Se um músico ouve com atenção, ele pode manipular todas as notas “erradas” e as notas “certas”, criando “tensão” e “alívio”, pois seu ouvido sabe onde essas notas “certas” estão. Eu comparo esta abordagem a correr riscos na hora em que você toca. Já a abordagem de ouvido, vejo como imprudência. Agora, é claro que se você trabalhar duro o suficiente, você pode se tornar um grande músico, apenas “tirando de ouvido”. Mas eu garanto que você irá demorar mais tempo e você nunca estará confortável em situações musicais diferentes e inesperadas.
Vamos retornar à analogia da linguagem falada. Se eu sei que uma cadeira é para sentar-se, isso significa que só posso me sentar se eu tiver uma cadeira? Ou se eu sei que é uma cadeira é para sentar-se, isso significa que ficar de pé em cima de uma cadeira é impossível? Se eu explicar para alguém para que servem as cadeiras, essa pessoa vai assumir que é impossível desafiar a “teoria das cadeiras”? Embora este seja um exemplo bobo, estes mesmos conceitos são verdadeiros na música. Só porque uma teoria afirma que um determinado grupo de notas vai funcionar ao longo de um determinado acorde, não significa que você não pode contestar isso. No entanto, apenas a compreensão da teoria permite que você possa fazer tais desafios. Se não há nenhuma teoria, o que você está desafiando? Está perdido?

Todos devem aprender teoria musical?

Eu acredito que nem todo mundo deseja se tornar um grande músico em seu instrumento de preferência. Alguns tocam apenas para acompanhar sua voz, ou apenas querem tocar músicas de outras pessoas para se divertir como um hobby. No entanto, o  conhecimento é poder e se você tiver tomado seu tempo para buscar e ler este artigo com a pergunta “devo aprender teoria musical?”, então eu acho que você sabe a resposta.

Considerações finais

A teoria musical é simplesmente uma forma de explicar os sons de modo que eles podem ser comunicados de forma universal. Nada mais, nada menos. Ela permite que você ouça um som e logo o entenda, o que permite que você possa recriá-lo. Alguns dos melhores músicos que já viveram eram verdadeiras enciclopédias ambulantes de teoria musical. No entanto, é de extrema importância que você aplique o que aprende! Você não vai fixar a teoria musical se não colocá-la em prática. Não tem certeza como fazer isso? Procure um professor.
Para ser o melhor que você pode ser, é ingênuo pensar que o vasto oceano de música escrita e de teoria que está disponível para todos não é nada mais do que um monte de exercícios mecânicos. Depois de ler isso, eu espero que você tenha muitas outras perguntas sobre teoria musical. Leia um livro de teoria ou encontre um bom professor e comece a aprender. É onde todas as respostas estão.

ACENTUAÇÃO MUSICAL

O que é uma acentuação musical?

Acentuar ou acentuação musical significa enfatizar algum elemento do arranjo de base, podendo ter implicações rítmicas, melódicas ou harmônicas. É importante ressaltar que a acentuação musical ou acentuações sempre se destacam independentemente do contexto, portanto, não podem aparecer em excesso dentro de um arranjo de base. Recomenda-se sua utilização principalmente em refrões ou riffs.
Acentuação musical lembra muito o sotaque das pessoas, dependendo do aspecto histórico e cultural da região as pessoas adquirem o hábito de enfatizar tal letra ou acento, seja de países diferentes ou até mesmo dentro de um próprio país como o nosso.  Acentos da música são bastante semelhantes dessa maneira. Todos agarram a sua maneira expressiva ao longo do tempo, e há infinitas maneiras de se expressar.
Porém, algumas regras devem ser respeitadas, como por exemplo, quando falamos a respeito de rítmo falamos que a primeira batida ou tempo em um compasso deve ser mais forte, ou seja, mais acentuado. A acentuação musical é uma teoria musical mais difundida no piano e teclado, porém ela é importante também para guitarra, então citarei 2 exemplos de acentos musicas aplicados para guitarra. Mas antes vamos ver a seguinte tabela que representa os símbolos dos acentos musicais.
Marcações da acentuação musical
acentos da musica2 Aprenda sobre Acentuação Musical
Na música clássica a primeira e a terceira batida são as mais fortes, em seguida, a segunda e a quarta batida.  No entando no Jazz toma o caminho inverso, a segunda e a quarta batida são as mais fortes, dando um jeito mais groove na música.
Na música “Baile da Pesada”,  da Fernanda Abreu, no refrão é utilizado quase somente acordes acentuados.
091 Aprenda sobre Acentuação Musical
No CD Are You Experienced?, de Jimmy Hendrix, na introdução de “Foxy Lady” é apresentada a célula rítmica básica com acentos no backbeat (segundo e quarto tempos do compasso quaternário). Na gravação original, Hendrix utiliza seu polegar direito ao tocar o F# grave, possibilitando a ele responder duas oitavas acima a célula que aparece no backbeat.
092 Aprenda sobre Acentuação Musical
Então é isso galera, acentos musicais podem ser considerados uma teoria mais avançada ou específica, mas é sempre bom aprender sobre isso  porque daqui pra frente poderia explicar outros assuntos relacionados com acentuação musical. Até lá.
FONTE: PORTAL DA MÚSICA

segunda-feira, 19 de março de 2012

Propriedades do Apóstolo V San Tiago

Reportagem de quase 30 minutos da TV Record faz sérias acusações contra o apóstolo Valdemiro Santiago. Assista na íntegraUma reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record, fez denúncias contra o apóstolo Valdemiro Santiago, presidente da Igreja Mundial do Poder de Deus. A reportagem, de quase 30 minutos, foi veiculada dias após o bispo Edir Macedo afirmar que perdoava Santiago, desafeto público do proprietário da TV Record.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelNa reportagem, foram apresentados documentos de compra de duas fazendas no Mato Grosso, avaliadas em R$ 49 milhões, pela Igreja Mundial do Poder de Deus, e arrendadas pela empresa W. S. Music Ltda., de propriedade de Valdemiro Santiago e sua esposa, Franciléia.
A reportagem explicou que quando uma propriedade é arrendada, o arrendador é quem a movimenta financeiramente, portanto, o lucro da movimentação das 5 mil cabeças de gado das fazendas, que valem aproximadamente R$ 6,5 milhões, é recebido pelo administrador, o apóstolo Valdemiro Santiago.
O tamanho das propriedades soma 26.134 hectares, uma área equivalente ao tamanho de duas cidades de Jerusalém. Cada hectare representa uma área de 10 mil m². O valor das propriedades e do gado, somados, seria suficiente para comprar 10 coberturas em Nova York, ou 20 Ferraris, segundo a reportagem intitulada “O apóstolo milionário”.
Recentemente, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. foi preso por invasão de propriedade, enquanto realizava reportagem investigativa sobre a compra das fazendas pela Igreja Mundial. Na reportagem, a TV Record mostrou em cenas aéreas, a sede da fazenda, uma casa com piscinas e campo de futebol iluminado. Foram mostradas também, aviões, helicópteros e carros de luxo que supostamente seriam de propriedade de Valdemiro.
Foi também apresentado um trecho de um culto da Igreja Mundial em que Valdemiro alega que as propriedades em que ele e sua esposa “descansam de vez em quando” estão em nome da igreja “mas não custaram um centavo para a igreja”, e que eles não costumam “comprar as coisas com dinheiro da igreja e botar (sic) no nome da gente”.
Outras circunstâncias envolvendo a Igreja Mundial e seu apóstolo também foram mencionadas pela reportagem, como por exemplo, as 59 ordens de despejo contra a denominação somente na cidade de São Paulo, por falta de pagamento de aluguel dos templos.
O jornalista Marcelo Rezende, autor da reportagem, afirmou ter tentado entrar em contato com o apóstolo, porém sem sucesso, e que continuará a investigar a Igreja Mundial do Poder de Deus.
Confira no vídeo abaixo, a íntegra da reportagem:
Fonte: Gospel+

Aqueduto de Siloé

Uma reportagem realizada pela Rede Globo, exibida no Jornal Hoje, mostrou a origem do Tanque de Siloé, que foi o local onde Jesus realizou o milagre da cura de um cego. A construção histórica foi realizada a aproximadamente 2700 anos, quando o Rei Ezequias reinava em Israel.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelO túnel do Rei Ezequias era responsável pelo abastecimento de água na cidade de Jerusalém, uma espécie de aqueduto que trazia água de fontes próximas até o centro da cidade.
A construção do túnel foi realizada por escravos, possui aproximadamente 500 metros de extensão de escavações na rocha, com pontos de até 5 metros de altura. Foi idealizado com a finalidade de levar a água a um lugar seguro, evitando a falta de abastecimento de água em caso de guerra, já que Israel estava em iminente perigo de ser atacado pelo exército sírio.
A Bíblia relata o milagre da cura de um cego no Evangelho de João, no capítulo 9, onde o cego, por ordem de Jesus se lava no tanque de Siloé e é curado.
Assista a reportagem:

Fonte: Gospel+

terça-feira, 6 de março de 2012

Aprender Música na Igreja para tocar no Mundo

Igrejas evangélicas viraram fornecedoras de músicos profissionais para bandas e artistas seculares

Por Dan Martins em 4 de março de 2012
A música é uma parte importante do culto na maioria das igrejas evangélicas, por isso inúmeros músicos são formados nesse meio. Tendo a oportunidade de integrar a parte musical do louvor nas celebrações das igrejas, muitas pessoas que se convertem acabam descobrindo um talento ou, pelo menos, a possibilidade de aprender a tocar um instrumento e cantar. Esse fenômeno criou, involuntariamente, nas igrejas brasileiras, um mercado paralelo de capacitação.
Com isso as igrejas estão sendo vistas por muitos como celeiros de profissionais, que acabam abastecendo bandas e artistas seculares com músicos treinados e versáteis. A formação religiosa é considerada diferencial por alguns profissionais que trabalham recrutando músicos para gravações shows e turnês. O músico carioca Simoninha conta que a expressão “esse cara é bom, vem da igreja” já se tornou comum na hora de avaliar alguns dos profissionais que trabalham com ele.
“A gente fala brincando, entre os músicos que não são religiosos, que não têm vínculo nenhum. É uma forma de dizer que o cara é disciplinado, maduro e competente. Tem muita gente dessas igrejas no meio musical, um acaba puxando o outro”, explica o artista, que tem entre os sete músicos da sua banda, quatro que se encaixam nesse perfil.

Simonal conta ainda que alguns desses músicos atraem uma legião de fãs evangélicos para o seu trabalho. “Vamos fazer show, tem seguidores do Robinho. Ele tem fãs no país inteiro”, conta o músico, falando do baixista Robinho Tavares, que trabalha com ele há 12 anos.
O regente Nilton Silva, 37 anos, falou ao G1 sobre a forma que os músicos são formados na igreja. Segundo ele o esquema é colaborativo, ou “mambembe mesmo, sem regra, ar condicionado, estrutura de sala de aula. É na base da repetição e autodidatismo”.
Filho de um maestro, Nilton conta que quando seu pai começou a frequentar os cultos foi incumbido de tocar trompete, mesmo sem ter a mínima noção sobre o instrumento. Ele afirma que, com o treino, em dois anos seu pai já era responsável por ensinar aos novatos. “Meu pai é maestro desde que me conheço por gente. Ele aprendeu a reger sozinho e, depois que se converteu, passou a tocar trompete também. Aprendeu na marra, lendo partitura, estudando sozinho. O esquema é: senta aí e vai pegando com os que já sabem”, explicou.
Ele conta ainda que, na infância, ele e seus irmãos montaram um quarteto musical que fazia sucesso no meio religioso, e que aos 22 anos resolveu montar um coral com alguns amigos do meio evangélico. O músico disse que o coral não canta apenas em igrejas: “A maioria dos contratantes não é evangélica, não tem vinculo nenhum. Em março, por exemplo, cantaremos no casamento da modelo Carol Trentini, em Santa Catarina. Ela não é evangélica. Trabalhamos muito bem nesse meio. Cantamos de tudo um pouco”, explica.
Artistas como Simoninha, Paula Lima, Alexandre Pires, Sandy e Junior já procuraram por ele pedindo indicação ou até mesmo interessados em usar o coral em gravações de programas de TV, CDs e temporada de shows.
Hoje já é considerado comum ver igrejas exportando artistas para o meio secular. A cantora Shirley Oliveira, que começou na Igreja Universal, está atuando como vocalista da banda do baixista Pixinga durante a temporada de shows que ele faz em um bar na zona oeste da capital paulista. Ela já fez também segunda voz para artistas como Alexandre Pires, Jair Oliveira, Tânia Mara, Daniel e Jair Rodrigues.
O vocalista e produtor musical Aldo Gouveia trabalha na banda do cantor Fábio Júnior desde 2003 e conta que fez, durante algum tempo, segunda voz em shows dos Racionais MC´s, do rapper Mano Brown: “Temos amigos em comum, pessoas do meio. Ele precisou de backing em 96 e eu fiz alguns shows”, conta Gouveia.
Ele explicou também o porquê de as igrejas estarem se tornando referência nesse meio: “Músicos da igreja têm que correr atrás. O acesso existe, mas não é uma formação de alto nível. Quem gosta, tem o sonho, se vira pra se capacitar. Com o tempo, isso foi formando um grupo seleto de profissionais mais versáteis, maduros e uma rede de contatos”.
Fonte: Gospel+