sexta-feira, 30 de março de 2012

TESSITURA

Extensão e tessitura da voz – Yan Guimarães
Tessitura
Na música, tessitura refere-se ao conjunto de notas usadas por um determinado instrumento musical, com a qualidade necessária à sua execução. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem, portanto, uma abrangência menor que a extensão. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.
Em termos de grafia, a tessitura representa-se pelas notas mais grave e mais aguda ligadas por um hifen, com a indicação numérica da oitava a que pertencem. Exemplo: Dó2 – Dó4.
Por vezes, numa partitura para coro ou voz solista, indica-se a nota mais grave e a nota mais aguda das partes vocais, a que se dá o nome de âmbito.
Extensão vocal
Extensão vocal refere-se ao conjunto de todas as notas que um cantor consegue articular, independente da qualidade dessa articulação. A extensão tem, portanto, uma abrangência maior que a tessitura. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais apropriadamente realizadas no que tange a qualidade da emissão. [1] Sendo assim, um cantor poderá articular notas fora de sua tessitura mas jamais realizará notas fora de sua extensão vocal. [2]
Voz falada
A frequência natural da voz humana é determinada pelo comprimento das cordas vocais. Assim mulheres que têm as pregas vocais mais curtas possuem voz mais aguda que os homens com pregas vocais mais longas. É por esse mesmo motivo que as vozes das crianças são mais agudas do que as dos adultos. A mudança de voz costuma ocorrer na puberdade que é provocada pela modificação das pregas vocais que de mais finas mudam para uma espessura mais grossa. Este fato é especialmente relevante nos indivíduos do sexo masculino. O comprimento e a espessura das cordas vocais determinam, tanto para o sexo masculino, como para o feminino, a extensão vocal e o registro de alcance das notas produzidas vocalmente.
A laringe e as pregas vocais não são os únicos órgãos responsáveis pela fonação. Os lábios, a língua, os dentes, o véu palatino e a boca concorrem também para a formação dos sons.
Extensão das principais vozes
Soprano ligeiro – Sol 3 até o Mi 5
reg1
Voz agudíssima; timbre fraco, de grande agilidade. Ex: Rosina no Barbeiro de Sevilha
Soprano dramático – Dó 3 até o Lá 4
reg2
Voz forte; timbre doce. Ex: Butterfly na Madame Butterfly
Mezzo-soprano – Lá 2 até o Sol 4
reg3
Voz intermediária entre agudo e grave. Ex: Carmen na ópera de mesmo nome.
Contralto – Fá 2 até o Mi 4
reg4
Voz feminina mais grave, timbre escuro. Ex: Azucena em Il Trovatore
Tenor ligeiro – Mi 3 até o Dó# 5
reg5
Voz pouco forte; alcança notas agudas. Ex: Almaviva, no Barbeiro de Sevilha
Tenor lírico – Ré 3 até o Si 4
reg6
Voz mais forte; timbre suave. Ex: Rodolfo em La Bohème
Tenor dramático – Dó 3 até o Lá 4
reg7
Voz forte; timbre metálico. Ex: Turiddu, na Cavalleria Rusticana
Barítono lírico – Sol 1 até o Fá 3
reg8
Voz intermediária entre agudo e grave. Ex: Escamilo na Carmen
Barítono dramático – Fá 1 até o Mi 3
reg9
Voz mais forte e timbre metálico. Ex: Rigoletto na ópera do mesmo nome
Baixo cantante – Mi 1 até o Ré 3
reg10
Voz grave, timbre suave. Ex: Salvator Rosa na ópera do mesmo nome
Baixo profundo – Dó 1 até o Lá 2
reg11
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Yan Guimarães
Pós-Graduação em música para cinema, televisão e teatro e formado em regência, composição e licenciatura plena em educação artística - habilitação em música pelo Conservatório Brasileiro - Centro Universitário. Trabalha com o Coral da AABB-Rio, Grupo Vocal Tangará, professor do Centro Universitário do Conservatório Brasileiro de Música e Preparador Vocal do Coral da Embratel

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