Eu tinha cinco anos de idade e ainda tenho vivo na memória as
cenas de meu pai e meus tios jogando água com baldes em cima do telhado feito
de tabuinhas da nossa casa em Briolândia no município de Ortigueira para escapar do fogo que passava próximo de
casa e dava para ouvir o estrondo do bambuzal parecendo fogos de artifício
daquele que foi um dos maiores incêndios florestais já assistidos sobre a face
da Terra e que aconteceu no Paraná em Agosto de 1963.
Os cerca de 128 municípios que foram atingidos pelo fogo
brutal e descontrolado, mal desconfiavam do perigo desse dia tenebroso que
vinha ardendo e devorando 600.000 alqueires de Matas Virgens Nativas,
evaporando regatos, reduzindo à cinzas e brasas no calcinar de milhares de
alqueires de Pastagens, Lavouras, Casas, Serrarias e até mesmo Ferrovias
engolidas com suas Estações inteiras.
Sem contar Ranchos, Paióis de Milho, Colheitas Prontas, Postes
de Eletricidade e Fiação, Barcos, Ferramentas, Motores, Armas, Caminhões,
Bicicletas, Charretes, Tratores, Combustível, Automóveis, Motocicletas, Animais
de estimação como Cães, Gatos e Aves. Criações inteiras de Porcos e Gado, Cavalos,
sem contar os milhões e milhões de Pássaros, Insetos, Felinos, Cervídeos e
outros animais selvagens e rasteiros afetados pela fumaça ou pela expulsão a
fogo de seu Habitat Natural.
Pertences inestimáveis e irrecuperáveis como Fotos, Roupas, Utensílios, Mobília e
casas inteiras, além das Memórias pessoais de milhares de moradores.
Somente uma única das Indústrias do ramo madeireiro, a Klabin
do Paraná, teve nesses dois meses de incêndios contínuos, cerca de 90% de seu
patrimônio estocado “ao tempo” completamente devastado pelas labaredas
explosivas, que destruiu também as plantações de bosques imensos dos
Pinheiros-do Paraná, a elegante Araucária Angustifolia.
Essa tragédia, de porte gigantesco, por "sorte",
matou "somente" 100 pessoas. Os estudiosos dizem que é devido à
baixíssima densidade de habitantes/km²; eu, que estava lá com minha família,
digo que foi a mão de Deus que esteve presente em meio as chamas.
Ainda vou
contar para vocês a história do Osório dos Santos e como Deus o livrou do fogo.
OLA TUDO BEM SOU DIRETOR DE CULTURA DA CIDADE DE ORTIGUEIRA GOSTARIA DE UM CONTATO SEU
ResponderExcluirESTOU PESQUISANDO RELATOS DE PESSOAS QUE VIVENCIARAM O EPISODIO DO GRANDE INCEDIO NO PARANÁ
SE VOCE PUDER E AJUDAR AGRADECERIA MUITO
DEUS ABENÇÕE
Minha mãe estava no Municipal de Ortigueira na Usina do Mauá do Natingui e a sogra do meu sobrinho hoje contando o que elas viveram os parentes e amigos que morreram família abraçadas outras que de joelhos pediram por socorro e os céu respondeu e viveram ouvindo elas resolvi pesquisar e cheguei nesse site Hoje entendo que Deus fez mesmo o milagre na vida delas as dua sobreviveram a uma tragedia e hoje o destini trouxe essas historia se encontrarem minha mãe Judith Schneider acha que tinha entre 7 e 8 anos a sogra do meu sobrinho Ivone Vidal entre 13 e 14 anos ouvindo as história delas percebi que é um milagre a vida de todos nós descendentes dessas mulheres sobreviventes e guerreiras cada dia mais tenho mais e mais orgulha da minha "Pãe"
Excluir