sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
FRASES QUE NÃO ESTÃO NA BÍBLIA - I
“A voz do povo é a voz de Deus”
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”
“Da semente da mulher levantarei um que esmagará a cabeça da serpente”
“Deus cegou os entendimentos dos incrédulos”
“Eu venci o mundo, e vós vencereis também”
“Deus tarda mas não falha”
“Dize-me com quem andas e eu te direi quem és”
“Não cai uma folha de uma árvore, se Deus não permitir”
“A palavra de Deus se renova dia após dia”
“Deus escreve certo, por linhas tortas”
“Quem não vem pelo amor, vem pela dor”
“Você não nasceu para ser cauda nasceu para ser cabeça”
“Deus não escolhe os capacitados mas capacita os escolhidos”
“Infelizmente isto acontece devido à falta de conhecimento bíblico de muitos líderes cristãos e citam frases populares como se fossem textos sagrados”.
A respeito das frases citadas, uma pesquisa rápida pode desvendar a origem dos ditos populares que se “consagraram” no meio evangélico. Confira abaixo a explicação para as mais recorrentes:
A voz do povo é a voz de Deus.
-Essa frase antibíblica e extrabíblica, é oriunda do latim “vox populi, vox Dei”, e é citada como se fosse bíblica! Quando Jesus andou na terra, a opinião do povo a seu respeito era variada. Uns o consideravam pecador (Jo 9.16) ou endemoninhado (Mt 12.24), e outros criam que era um profeta (Mt 16.13,14). Enquanto isso, a voz de Deus ecoava. “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo“ (Mt 3.17). Seria a voz do povo a voz do Senhor?
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
-Esse provérbio popular alude à persistência. Trata-se de um bom pensamento, mas extrabíblico! Conquanto não apareça nas páginas sagradas, realça o princípio da perseverança na oração (Mt 7:7,8; Lc 18:1-8). Isso, porém, não nos autoriza a citar a frase como se fosse um versículo inspirado da Palavra de Deus.
Da semente da mulher levantarei um que esmagará a cabeça da serpente.
- É comum ouvir pregadores citando essa frase como sendo a primeira promessa com relação à obra redentora de Jesus. Mas essa promessa não aparece nas Escrituras. Em Gênesis 3:15, Deus disse para Satanás, personificado em uma serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. É importante observar que o texto bíblico não usa o verbo “esmagar” e sim “ferir”. De acordo com a Palavra de Deus, o inimigo ainda não foi esmagado, isto é, derrotado por completo. Ele já está julgado (Jo 16:11), e, na cruz, Jesus o feriu (Cl 2:14,15). Entretanto, “… o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo de vossos pés” (Rm 16:20)
Eu venci o mundo, e vós vencereis também.
- É claro que através da vitória de Cristo todos os seus seguidores autênticos, nascidos de Deus (I Jo 5:4), se tornam mais do que vencedores (Rm 8:37). Não obstante, as palavras de Jesus em João 16.33 foram apenas: “Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo“. O complemento “e vós vencereis“ é um acréscimo às palavras do Mestre, prática que ele mesmo proibiu (Ap 22:18). O que realmente Jesus disse? No mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo “eu venci“, (João 16:33 )
Deus tarda mas não falha.
-Evidentemente Deus não tarda. Hb 10:37 “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de ir virá, e ‘não tardará’”. É provável que alguns façam uso de alguns textos como. Habacuque 2:3 “Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá. Se tardar, espera-o; porque certamente virá, ‘não tardará’ ou Mt 25:5 “E tardando o Esposo, tosquenejaram todas e adormeceram”, etc. Aparentemente, pode parecer que Ele “tarda“, porém Ele “não tarda“. A) Para as virgens, Mt 25:5, “este tardar“, está inserido na concepção humana, Lc 12:45,46. B) Na parábola do juiz iníquo, Lc 18.7, o próprio Jesus declarou que para alguns Deus tarda, porém, acrescentou que “depressa“ ele atende (Lc 18:7,8” )
Não cai uma folha de uma árvore, se Deus não permitir.
- A Bíblia mostra claramente que Deus é o Controlador da natureza. Em Isaías 40:12-31, vemos como tem o Universo em sua mão e faz o que lhe apraz. Apesar disso, a frase em questão não é um versículo bíblico! Portanto, não encontramos este versículo em nenhum capitulo da Bíblia, por que ele não existe!
A Palavra de Deus se renova dia após dia.
-Não está escrito, que a “Bíblia“ se renova e sim as “misericórdias“ do Senhor, (Lamentações 3:21,22)
Quem não vem pelo amor, vem pela dor.
-É verdade que muitas pessoas, depois de passarem por uma dolorosa experiência, entendem a vontade de Deus (Dn 4:30-37; At 9). Entretanto, isso não é uma regra. Existem pessoas que nem mesmo pela dor se arrependem. Por isso, a Palavra de Deus alerta: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv 29:1)
Texto extraído do Gospel+
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
A SINAGOGA
Lugar destinado à oração. As sinagogas serviam também para o funcionamento dos tribunais e para escolas. Antes do cativeiro as práticas religiosas de elevada categoria somente eram celebradas no templo de Jerusalém. A lição das Escrituras fazia-se publicamente em qualquer lugar, Jr 36.6,10,12-15. O povo tinha liberdade de procurar instrução em casa dos profetas, onde quer que estivessem, 2Rs 4.38. Enquanto durou o cativeiro em Babilônia, era impossível assistir ao culto no templo de Jerusalém, e por isso foram-se erguendo sinagogas em diversas partes, dentro e fora da Judéia. Na sinagoga não se ofereciam sacrifícios: liam-se as Escrituras e fazia-se oração. No Antigo Testamento não se encontram referencias a estes lugares de adoração. Desde o primeiro século da era cristã que há noticias da existência de sinagogas nos lugares onde havia judeus. Até mesmo em pequenas localidades fora da Palestina, encontram-se sinagogas, como em Salamina, na ilha de Chipre, At 13.5, Antioquia da Pisídia, At 14, Icônio, At 14.1, Beréia, At 17.10. Nas grandes cidades, como Jerusalém e Alexandria, At 6.9, havia muitas sinagogas. Estas comunidades religiosas, mantinham existência separada do estado. Contudo, os seus negócios civis e religiosos eram subordinados às leis do país em que viviam. Um corpo de anciãos dirigia os negócios da sinagoga e da comunidade religiosa por ela representada, Lc 7. 3,5. Os principais encarregados da direção do culto, mantenedores da ordem e que tomavam conta das cousas temporais, eram os seguintes:
1. O príncipe da sinagoga, At 18.8. Em algumas sinagogas havia vários chefes em exercício, At 13.15; Mc 5.22. O príncipe é quem presidia ao culto. A leitura das Escrituras, as orações e as exortações, At 13.15, eram feitas por membros para esses fins designados, sob responsabilidade do príncipe, Lc 13.14. Os atos de culto não eram exercidos por oficiais permanentes para isso destinados, e sim por membros particulares que manifestavam aptidões. Jesus leu as Escrituras na sinagoga de Nazaré e muitas vezes entrava nelas para ensinar, Mt 4.23. Os chefes da sinagoga de Antioquia de Pisídia, convidaram a Paulo e Barnabé a fazer exortações, ao povo.
2. Além do príncipe da sinagoga, havia oficiais de categorias inferiores, encarregadas de entregar o livro da lei a quem o ia ler, e pô-lo outra vez no seu lugar. Estes oficiais também executavam as penas impostas pelo tribunal aos delinqüentes, Lc 4.20.
3. Os encarregados de administrar as esmolas, Mt 6.2.
4. Os homens ricos da congregação, em número indeterminado, representavam a comunidade nos dias de culto, que se reunia em cada sábado para adorar a Deus, At 15.21, e também no segundo e quinto dia da semana para ouvir ler as Escrituras.
Os homens tomavam assentos separados das mulheres. Um dos membros da sinagoga é quem fazia oração. Consistia principalmente na leitura de Dt 6.4-9; 11.13-21; Nm 15.37-41, e em repetir algumas, ou todas as dezoito orações e bênçãos. O povo ficava em pé durante as orações, Mt 6.5; Mc 11.25, e todas as pessoas presentes diziam Amém, quando terminavam. A leitura da lei fazia-se, At 15.21 por diversos assistentes, cada um dos quais lia um parágrafo alternadamente; começava e terminava com ação de graças. Seguia-se uma lição dos profetas que era lida pela mesma pessoa que abria o serviço com oração. Depois da leitura fazia uma exposição sobre ela, ou o leitor, ou qualquer outra pessoa presente, Lc 4.16-22; At 13.15. O culto terminava com a bênção, pronunciada por um sacerdote, se havia algum presente; e a congregação dizia, Amém. Os judeus denominavam a sinagoga de casa das reuniões.
Existem ruínas de antigas sinagogas em Tell Hum de Galiléia, que parece ser o antigo local de Cafarnaum, em Irbid, Kefr Birim, Nebartein e em alguns outros lugares. Eram construções retangulares, voltadas para o norte e para o sul, tinham uma porta larga no centro e duas menores, uma de cada lado na parte sul. O interior dividia-se em cinco naves formadas por quatro ordens de colunas. Os ângulos do lado setentrional tinham duas colunas uma de cada lado. Em Tell Hum, as colunas são ornadas de capitéis coríntios; e em Irbid são um misto de coríntio e iônico. As lumieiras das portas centrais geralmente eram ornamentadas com representações de folhas de parreira com cachos de uva. Nas ruínas da sinagoga de Nebartein vê-se a representação do candeeiro do templo, com uma inscrição; na de Kerfr Birim, uma figura que parece ser do cordeiro pascoal, e em Tell Hum vê-se também a mesma figura com ela a do vaso que guardava o maná. O espaço destinado aos assistentes continha uma estante, ou púlpito onde se liam as Escrituras, um armário para guardar os rolos dos livros e alguns assentos destinados às pessoas mais ricas da congregação e aos anciãos, Mt 23.6; Tg 2. 2,3. Os lugares mais distintos ficavam próximos do armário onde se guardava a lei. Os homens ocupavam lugares separados das mulheres. Havia lugares reservados onde se aplicavam os castigos decretados pelas autoridades da sinagoga, Mt 10.17; At 22.19. A grande sinagoga é o nome de um concílio, organizado por Neemias no ano 410 aC. formado de 120 membros. Esdras era o presidente. Os profetas transmitiam a esta corporação a lei de Moisés. Simão o Justo, que morreu no ano 275 aC., foi um dos últimos membros deste concilio que foi substituído pelo sanedrim. A sua função principal era reorganizar o culto religioso entre os que voltavam do cativeiro e coligir os livros canônicos. Tal é a tradição judaica a este respeito. A existência da grande sinagoga parece ter cessado, visto não haver mais notícias a seu respeito nos livros Apócrifos, nas obras de Josefo e nas de Filo, e nem mesmo consta nas Escrituras.
Fonte: Dic. Da Bíblia John Davis
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